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Política

Berzoini critica relatório favorável a impeachment e diz que não há crime

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 06/04/2016 - 19:53
Brasília
O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, fala durante cerimônia de assinatura de portaria que regulamenta o Canal da Educação (Elza Fiúza/Agência Brasil)
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O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, criticou, há pouco, o parecer favorável à abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, apresentado nesta quarta-feira (6) pelo relator do processo na comissão especial da Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO). Segundo o ministro, o voto do relator acabou confirmando a defesa do governo de que não há crime de responsabilidade que justifique o impeachment da presidenta.

Em posicionamento divulgado por sua assessoria de imprensa, Berzoini criticou a defesa do relatório feita por Jovair, que considerou haver apenas indícios de conduta dolosa por parte da presidenta.

"Na ânsia de demonstrar no relatório algo que fundamente a conclusão de seu voto, o relator confirma a brilhante defesa do ministro da AGU [Advocacia-Geral da União], José Eduardo Cardozo, que deixou cristalina a verdade: não há crime de responsabilidade para justificar o impeachment", afirmou o ministro.

No relatório que está sendo lido na íntegra, o relator Jovair Arantes usa várias vezes a palavra "indícios" para se referir a eventual crime de responsabilidade praticado por Dilma.

O deputado afirmou, durante a leitura, que não analisou o mérito das denúncias contra a presidenta, apresentadas pelos advogados Miguel Reale Junior, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo. O julgamento de Dilma, segundo ele, somente pode ser feito pelo Senado Federal, caso a Câmara dos Deputados dê prosseguimento ao processo.

Sem especificar se o governo vai trabalhar pela derrubada do parecer de Jovair Arantes na Comissão Especial do Impeachment ou no plenário, Berzoini disse confiar na Câmara, em sua maioria. "Confio que a maioria dos deputados fará Justiça", afirmou o ministro.