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Política

Defensor do apoio do PSDB a Temer, José Serra assume Relações Exteriores

Maiana Diniz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/05/2016 - 17:38
Brasília
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O tucano José Serra, senador por São Paulo, assume o Ministério das Relações ExterioresMarcelo Camargo/Agência Brasil

Escolhido para o Ministério de Relações Exteriores, o senador José Serra tem defendido a adesão do PSDB ao governo de Michel Temer, desde o início da formação da nova equipe, quando o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff começou a avançar na Câmara.

Desde meados de março, o senador e o vice-presidente Michel Temer se aproximaram e Serra, inclusive, integrou o grupo de senadores que ajudou na criação do chamado Plano de Reconstrução Nacional, plano de governo proposto por Temer para tirar o país da crise.

Trajetória política

Nascido em São Paulo, José Serra atuou no movimento estudantil e era o presidente da União Nacional de Estudantes (UNE), em 1964, quando o golpe militar derrubou o presidente João Goulart. Foi condenado à prisão pelo governo militar e pediu exílio para sair do país. Viveu e concluiu os estudos na área de economia em Paris, na França, e em Santiago, no Chile.

No Chile, Serra foi um dos presos no Estádio Nacional do Chile, após o golpe do general Pinochet, em 1973. Conseguiu refúgio na embaixada da Itália e partiu para os Estados Unidos, onde obteve título de doutor em Ciências Econômicas pela Universidade de Cornell.

Voltou ao Brasil em 1978 e atuou como professor e pesquisador. Serra foi um dos fundadores do PMDB e relatou o primeiro programa do partido, antigo MDB. No governo de Franco Montoro, entre 1983 e 1987, foi secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.

O primeiro cargo eletivo de Serra foi como deputado federal por São Paulo em 1986. Foi reeleito em 1990 e atuou ativamente na Assembleia Nacional Constituinte.

Em 1988, foi um dos fundadores do PSDB e também relatou o primeiro programa do partido. Em 1995 foi eleito senador por São Paulo com o maior número de votos do país.

Serra foi ministro do Planejamento e Orçamento e da Saúde no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 2002, candidatou-se a presidente da República pela primeira vez. Perdeu no segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos anos seguintes, foi prefeito da capital paulista e foi eleito governador do Estado de São Paulo em 2006. senador é citado em uma investigação da Justiça de São Paulo que trata da suposta prática de atos de improbidade administrativa, quando foi prefeito da cidade de São Paulo, em 2005.

Em 2010, Serra tentou a presidência da República pela segunda vez e foi novamente derrotado nas urnas, desta vez pela presidenta Dilma Rousseff.

Em 2014, José Serra foi eleito senador por São Paulo. Em 2015, foi suplente das comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional. O

Sua atuação mais expressiva foi na defesa do Projeto de Lei 131/2015, de sua autoria. O projeto revoga a participação obrigatória da Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal, propondo alterações nas regras de partilha. A proposta foi aprovada no Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados.