Fortaleza: após distúrbios envolvendo PMs, tropas federais vão reforçar 2º turno
Tropas federais vão reforçar o segundo turno das eleições municipais em Fortaleza, no próximo dia 30. O envio dos agentes foi autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).
No primeiro turno, a segurança do pleito na capital cearense foi feita pelas forças policiais locais em uma operação considerada tranquila pelo TRE-CE. No entanto, o tribunal decidiu solicitar tropas federais por causa de problemas pontuais envolvendo policiais militares.
De acordo com relatos dos juízes eleitorais, que justificaram o pedido de reforço, policiais militares provocaram distúrbios em algumas seções. Em seu voto, a relatora do caso do TSE, ministra Rosa Weber, levou em conta o fato de que um dos candidatos à prefeitura de Fortaleza, o deputado estadual Capitão Wagner (PR), é policial militar reformado.
Segundo o coordenador do Centro de Apoio Eleitoral do Ministério Público do Ceará (MPCE), Emmanuel Girão, houve situações em que policiais entraram nos locais de votação, desrespeitando a distância determinada de 100 metros desses espaços; não acataram ordens de presidentes de seções eleitorais e deram voz de prisão a um servidor da Justiça Eleitoral.
O promotor explica que os casos de perturbações provocados por policiais foram pontuais e ressalta que não há indícios de que as situações façam parte de uma ação coordenada, mas que é necessário evitar novos episódios do tipo.
“Acreditamos que foram atitudes individuais de alguns policiais ou de alguns grupos. Foram coisas pontuais, mas, por questão de prevenção, para que o eleitor possa votar com toda liberdade e tranquilidade, esse pedido foi feito”, justificou.
Por meio de sua assessoria, o candidato Capitão Wagner afirmou que a decisão do TSE é positiva e correta. "Só temos que comemorar a decisão. Acho que, para a lisura do pleito e para que tudo transcorra na normalidade, a decisão mais acertada foi essa.”