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Política

Temer elogia aprovação da PEC do Teto e minimiza menor número de votos a favor

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/12/2016 - 16:10
Brasília
Brasília - O presidente Michel Temer participa da cerimônia de assinatura do Contrato de Estruturação Financeira da Santa Casa de São Paulo (Antonio Cruz/Agência Brasil)
© Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente Michel Temer comemorou e agradeceu ao Senado a aprovação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Classificando a proposta do teto dos gastos como a “primeira emenda que visa tirar o país da recessão”, Temer declarou ter “coragem para governar” e promover as mudanças que o país precisa.

“Se não tiver coragem, por que vou reduzir os gastos em dois anos e pouco [período para o fim do mandato]? Para que mexer na Previdência? Poderia deixar para depois, para que outro cuide do país todo atrapalhado e desarticulado. Mas esta não é a missão de quem deve tudo ao Brasil e de quem ama o Brasil”, afirmou o presidente, ao discursar durante evento que anunciou o Programa de Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano.

Nesta terça-feira (13), a PEC 55/2016 foi aprovada pelos senadores por 53 votos a 16, número menor do que a votação em primeiro turno (61 a 14). Temer justificou a diferença nas votações afirmando que muitos parlamentares com quem conversou ainda estavam chegando a Brasília.

“A votação agora foi menor que a primeira, mas se deve ao fato de o presidente [do Senado] Renan Calheiros ter antecipado a votação inicialmente programada para tarde. Peço desculpas e licença para esse comentário trivial, e revelar que isto ocorreu por causa da ausência de senadores e não a voto contrário”, explicou.

Ao agradecer ao Congresso Nacional pelo que chamou de “competência” e “preocupação absoluta com o Brasil”, o presidente citou ainda que a parceria do Executivo com os parlamentares está permitindo as vitórias recentes do governo no Congresso.

“Há conflitos, há problemas no país, mas não podemos mantê-los indefinidamente”, defendeu ainda, mencionando o pedido que fez ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acelerar as investigações envolvendo o nome de políticos.