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Política

Gilmar Mendes defende reforma política para eleições de 2018

O presidente do TSE criticou o atual sistema de eleição por meio de
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 20/03/2017 - 17:17
Brasília
Brasília - Presidente do TSE, Gilmar Mendes, faz balanço dos trabalhos do tribunal e apresenta dados sobre prestações de contas de campanhas referentes às eleições municipais deste ano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília - Presidente do TSE, Gilmar Mendes, faz balanço dos trabalhos do tribunal e apresenta dados sobre prestações de contas de campanhas referentes às eleições municipais deste ano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Para  o  presidente  do  TSE,  um  novo  modelo  é necessário  para  evitar  distorções  no  processo eleitoralMarcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, defendeu hoje (20) uma reforma no sistema político do país para as próximas eleições. Ao participar da abertura de seminário sobre o assunto, em Brasília, Mendes criticou o atual sistema de eleição por meio de lista aberta de candidatos e com coligações. "No nosso sistema hoje, vota-se em Tiririca e elege-se Valdemar da Costa Neto e Protógenes [Queiroz]", disse o ministro.

Para Gilmar Mendes, é preciso discutir com a sociedade e com o Congresso um modelo mais adequado para evitar distorções no processo eleitoral, como candidatos que se elegem com votos de terceiros porque não têm votos para atingir o quociente eleitoral. São eleitos pelos chamados "puxadores de votos" – artistas e personalidades atraídos pelos partidos para obter votos para a coligação.

"O debate não pode ser fechado em uma fórmula simples. Sabemos o que não queremos. O que nós não queremos? Este sistema que aí está. Este sistema de lista aberta com coligação, sem nenhum freio, que nos levou a esse estágio em que nós estamos hoje", disse o ministro.

O seminário ocorre na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até amanhã (21) e tem a participação de autoridades internacionais e representantes do Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral (Idea).