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Política

Comissão especial da Câmara discute PEC da reforma da Previdência

Iolando Lourenço e Luciano Nascimento - Repórteres da Agência Brasil
Publicado em 25/04/2017 - 17:43
Brasília

A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência, discute neste momento o parecer do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA). A reunião começou pouco depois das 15h com protestos de parlamentares da oposição e de servidores públicos contrários à reforma.

O texto apresentado preservou o teor da proposta do governo, mas flexibilizou alguns pontos, como o que estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres para aposentadoria. Além disso, eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Maia fez uma série de alterações após críticas e reivindicações de deputados da oposição e da base governista. Confira aqui as alterações.

Um acordo fechado com a oposição possibilitou a realização de três reuniões para a discussão do parecer de Maia sem que houvesse obstrução. A expectativa é que o texto seja votado no colegiado na próxima semana e, depois, no plenário da Câmara.

Até o momento, 10 deputados se revezaram nos debates. A maior parte dos inscritos é da oposição, que tem feito críticas duras ao texto apresentado pelo governo no final do ano passado. O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) questionou a legitimidade do governo para propor mudanças amplas na seguridade social. "Nenhum candidato a presidente ou a deputado defendeu esta reforma nas suas campanhas. Isso é uma rasteira no eleitor."

Segundo Luiz Sérgio, o governo poderia ter proposto outras medidas para equilibrar as contas da Previdência, entre as quais mudanças na contribuição previdenciária para taxar mais empresas que lucram muito e têm poucos empregados.

Pela base aliada, Bilac Pinto (PR-MG) defendeu a proposta do governo. De acordo como deputado, se não houver alterações na Previdência, o sistema pode entrar em colapso em poucos anos, levando os governantes a adotar medidas mais drásticas como as que ocorreram em outros países, como a Grécia.