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Política

Não há mais espaço para concessões na reforma da Previdência, afirma Padilha

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/11/2017 - 14:09
Brasília
Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, conversa com jornalistas no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

"Chegamos no osso. Já fizemos concessões muito grandes", disse Padilha Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (29) que não há mais espaço para concessões no texto da reforma da Previdência além das que já foram feitas em relação à proposta original enviado pelo governo ao Congresso.

“Já fizemos concessões muito grandes que representam cerca de 40% daquilo que era a proposta original. Para preservar a reforma, para que ela tenha o efeito necessário, entendemos que deveria ter guardado a corporificação inicial. Não foi possível. Chegamos no que é possível. Agora, novas concessões, além das que já foram feitas, o governo não vê como possibilidade de fazer nesse momento”, afirmou a jornalistas, no Palácio do Planalto.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, conversa com jornalistas no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Ministro Eliseu Padilha: a reforma é indispensável Antonio Cruz/Agência Brasil

“As concessões do governo chegaram no limite. Chegamos no osso. Já não temos mais condições de fazer concessões. Não haverá concordância do governo com qualquer tipo de nova concessão.”

O ministro disse esperar que a reforma seja votada na Câmara ainda este ano. Segundo ele, a reforma é “indispensável”. “Se não houver reforma da Previdência, no ano de 2024 todo o Orçamento da República só paga folha de pagamento, previdência, saúde e educação”, afirmou.

Com o novo texto da reforma da Previdência, definido na semana passada, pelo Palácio do Planalto e pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o governo estima que deve deixar de economizar cerca de R$ 320 bilhões no período de dez anos, ou cerca de 40% da economia estimada na comparação com a proposta inicial enviada no ano passado ao Congresso.