Prefeitos do sul fluminense pedem atuação da intervenção federal na região

Eles estão preocupados com uma possível migração de criminosos da

Publicado em 02/03/2018 - 16:37 Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil - Barra Mansa (RJ)

Preocupados com uma possível migração de criminosos da capital para outras cidades do estado do Rio, prefeitos do sul fluminense pedem que as Forças Armadas ampliem a atuação da intervenção federal na segurança pública na região. Os prefeitos participaram da segunda reunião do Observatório Legislativo da Intervenção Federal no Rio de Janeiro (Olerj), que ocorreu na manhã de hoje (1) no município de Barra Mansa, no sul fluminense.

De acordo com o prefeito da cidade, Rodrigo Drable, os prefeitos fizeram uma reunião para levantar as demandas a serem encaminhadas ao interventor, general Walter Braga Netto, por causa do temor de ocorrer um movimento migratório da criminalidade. “Que exista um plano de ação com vistas às necessidades, carências e demandas do interior. Que isso não fique limitado à capital e que nós não soframos as consequências de estarmos esquecidos. Que o crime de lá não migre pra cá sem que haja estrutura para enfrentá-lo”.

 

Rio de Janeiro - O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, participa da segunda reunião do Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Barra Mansa (RJ) - O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, pede atuação das Forças Armadas no sul fluminenseTânia Rêgo/Agência Brasil

Drable explicou que os 13 municípios do sul fluminense formaram um consórcio de segurança pública, mas que faltam recursos para melhorar a atuação em conjunto e integrada. “Nós temos um consórcio, que elencou as principais necessidades. Seriam a estruturação das polícias civil e militar, além da polícia técnica. E que nós tenhamos recursos para estruturar o consórcio para dar suporte através das guardas municipais. E que as guardas voltem a ter o porte de arma, que perdeu nos últimos dois anos.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que a intervenção não é apenas na cidade do Rio de Janeiro, mas no estado, então o planejamento deve abranger todas as regiões para se controlar o deslocamento dos criminosos. Ele destacou a importância da educação para evitar a violência no futuro, justificando a realização da reunião do Olerj em uma escola de tempo integral no município, o Centro de Educação Integral Vieira da Siva.

“Se faz necessário compreender os motivos que nos levaram a esse momento tão dramático e, em conjunto, a sociedade, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, não só acompanhar os atos do interventor, a partir do momento que ele apresente o seu plano, mas também pensar a médio e longo prazo as soluções para que nós possamos cuidar melhor dessa faixa muito importante da nossa sociedade, que é a juventude, a mais vulnerável ao tráfico de drogas e armas”.

Rio de Janeiro - O presidente da Câmera dos Deputados, Rodrigo Maia, participa da segunda reunião do Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, em Barra Mans

O presidente da Câmera dos Deputados, Rodrigo Maia, participa da segunda reunião do Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, em Barra Mansa (RJ) Tânia Rêgo/Agência Brasil

O prefeito explicou que a escola em tempo integral atende, atualmente, 2.600 dos 19,9 mil estudantes do município, mas que a meta é chegar a 50% em 2020. O secretário de Educação de Barra Mansa, Vantoil de Souza Junior, detalhou que são oferecidas aos estudantes atividades que contribuam para a formação cidadã e profissional dos jovens, como aulas de línguas, robótica, informática com foco no desenvolvimento de jogos, empreendedorismo, teatro e música.

Junior pediu que os recursos federais continuem sendo destinados à rede municipal de ensino, mesmo com a melhoria da qualidade das escolas, já que, segundo ele, com o aumento da nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) as escolas são retiradas do programa Mais Educação.

Edição: Carolina Pimentel

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