Há 146 anos estreava no Brasil “O Guarani”, de Carlos Gomes. A ópera conta uma história de amor e o massacre dos índios Aymorés no Brasil Colônia.

O espetáculo foi apresentado no Teatro Lyrico Fluminense, do Rio de janeiro, em homenagem ao Imperador Dom Pedro Segundo.

Inspirada no romance O Guarani, de José de Alencar, a história é contada a partir do ano de 1560, no litoral do Rio de Janeiro, onde os índios Aimorés e Guaranis travavam uma guerra sangrenta.

Cecília, filha de um rico senhor português, prometida em casamento com um patrício, se apaixona pelo índio Peri, líder da tribo Guarani, que corresponde de imediato ao amor da donzela.

No decorrer do conflito, Cecília e Peri são aprisionados pelos adversários e, ciente do amor entre os dois, o cacique da tribo adversária resolve assassiná-los. O pai de Cecília, o velho Dom Antônio, intervém. Mas acaba preso em seu próprio castelo ao lado da filha.

Peri consegue se libertar e, mais tarde, volta ao castelo em busca de sua amada. Peri ficou sabendo que o futuro sogro pretendia se matar e por fim também a vida da filha.

Peri então implora para que Cecília não seja morta e o pai da moça, emocionado com o amor dos dois, batiza Peri, tornando-o cristão. Cecília e Peri fogem e de longe assistem a explosão do castelo com D. Antônio, que sacrificou a vida para salvar a da filha.

É possível fazer duas leituras da Ópera O Guarani. Na primeira leitura, o amor romântico de dois jovens, que começa com a amizade e se desenvolve de forma arrebatadora, superando as diferenças étnicas e culturais. A segunda leitura, mostra o extermínio dos índios Aymorés e exibe os interesses econômicos dos colonizadores da região por causa de uma mina de prata.

Na “Ópera - O Guarani” todos os personagens morrem. No final do espetáculo, ficam vivos apenas Cecília e Peri. O amor do casal simbolicamente representa um dos aspectos da formação da Nação Brasileira.

Produção: Renato Lima
Sonoplastia: Messias Melo

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