A inflação avançou 0,10 ponto percentual de junho para julho, e ficou em 0,36%, a maior taxa para este mês em quatro anos. Com isso, a medição feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, pesquisado pelo IBGE, acumula taxa positiva de 0,46% este ano e 2,31%, nos últimos 12 meses. Em julho de 2019, a taxa havia sido de 0,19%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram alta em julho. Mas como explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o maior impacto veio do grupo de transportes, que respondeu por 0,15 ponto percentual do índice mensal.

Mas o grupo com a maior alta entre os pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi o de artigos de residência, com 0,90%, ainda assim houve desaceleração frente ao mês anterior, quando o avanço ficou em 1,30%.

Os destaques, mais uma vez, foram os artigos de TV, som e informática, com alta de 2,87%, que continuaram pressionados pela variação cambial, já que muitos componentes tem preço em dólar.

Entre os grupos que registraram quedas nos preços, destaque para Vestuário, que apresentou a maior taxa negativa de julho, com -0,52%, e já tem a terceira deflação consecutiva.

Já o grupo dos Alimentos e Bebidas, que têm grande importância na composição do índice, ficou próximo da estabilidade com alta de 0,01%.

 

O IBGE verificou ainda que todas as 16 regiões pesquisadas tiveram alta nos preços no mês passado. A menor variação foi encontrada na região metropolitana de Vitória, com 0,21%, e, a maior, em Rio Branco, no Acre, com 0,75%.

Também foi divulgado, nesta sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor do mês de julho, que mede a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos.

A alta foi de 0,44%, maior resultado para este mês desde 2016, com variação acumulada de 0,80% em 2020 e de 2,69% nos últimos doze meses.

Na divisão do índice, os produtos alimentícios apresentaram alta de 0,14% enquanto os não alimentícios subiram 0,53%.