Maracanã: 70 anos de glórias, por onde passaram craques, seleções, estrelas e até o Papa

70 anos de glórias, por onde passaram craques, estrelas e até o Papa

Publicado em 16/06/2020 17:00 Por Rafael Monteiro - Rio de Janeiro

“Maior do mundo”, “Templo do Futebol Mundial”, “Maracanã” e o informal “Maraca” são algumas das alcunhas do Estádio Jornalista Mário Filho, inaugurado em 16 de junho de 1950. A obra durou menos de dois anos até a entrega daquele que foi o palco da abertura e da final da Copa do Mundo naquele ano.

Mas até conquistar o reconhecimento mundial, o Maracanã passou por momentos delicados em sua longa história de 70 anos. E o primeiro deles foi exatamente antes do início das obras. Um grande embate político: de um lado o vereador Carlos Lacerda, que liderava uma campanha contrária, em razão dos custos e da localização; do lado favorável, tiveram grande representatividade o compositor Ary Barroso e o jornalista Mário Filho, que veio a dar nome ao estádio. O lugar finalmente escolhido para a imensa estrutura de concreto era, anteriormente, destinado a corridas de cavalo, o antigo Derby Club.

Passados os conflitos, o Maracanã debutou na Copa de 50 ainda inacabado. Após a inauguração, os torcedores tiveram que dividir espaço com enormes andaimes. A Seleção Brasileira foi finalista do Mundial, mas o título da quarta edição da Copa ficou com o Uruguai, que venceu por 2 a 1, no evento marcado para sempre como o “Maracanazo”. O comentarista da Rádio Nacional, Waldir Luiz, destaca a importância do estádio.

O comentarista Mário Silva lembra de momentos de protagonismo do Maior do Mundo. O maior público presente registrado no estádio foi o de 199.854 espectadores, na final da Copa do Mundo de 1950. Se considerarmos apenas os torcedores que pagaram ingressos, ou seja, o público pagante, Brasil x Paraguai, em 1969, recebeu 183.341 torcedores. Foi no mesmo ano em que o Rei Pelé marcou, de pênalti, o milésimo gol dele, na partida contra o Vasco, na baliza que fica do lado esquerdo da Tribuna de Imprensa.

Outros grandes públicos foram registrados em um jogo de vôlei e em apresentações musicais, como uma edição do Rock in Rio. O Maracanã também recebeu a maior liderança da Igreja Católica: em 1980, o Papa João Paulo II rezou uma missa campal no estádio; ele voltou, em 1997, para uma segunda celebração.

Mas o Estádio Jornalista Mário Filho passou por diversas reformas. Em agosto de 2010, teve início o maior processo de transformação do Templo do Futebol, para receber a Copa do Mundo de 2014. O Maracanã deixava a roupagem tradicional da época em que foi construído, na década de 50, para adotar um perfil considerado moderno, em consonância com regras estipuladas pela entidade máxima do futebol, a FIFA. Por conta dessa reforma, o palco das Copas de 1950 e 2014 ganhou a denominação de “Novo Maracanã”.

A reinauguração aconteceu em junho de 2013, em um amistoso entre Brasil e Inglaterra. A partida terminou empatada de 2 a 2 e o atacante Fred, atualmente no Fluminense, marcou o primeiro gol da nova era.

Atualmente o estádio tem capacidade máxima para receber 78.838 espectadores. A remodelação custou mais de R$1 bilhão. Entre as inovações para o público estão a ampliação da cobertura, para proteção de chuva e sol, e a instalação de assentos.

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