Polícia do Rio investiga plano para matar deputado Marcelo Freixo

Polícia do Rio investiga plano para matar deputado Freixo

Publicado em 14/12/2018 11:51 Por Fabiana Sampaio - Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a existência de um plano para matar o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, eleito para a Câmara Federal nas eleições deste ano. 

A informação sobre a possibilidade de assassinato do parlamentar, conhecido por sua luta contra as milícias, foi recebida na manhã de quarta-feira (12) pelo Disque Denúncia e imediatamente repassada às autoridades.

Segundo o coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges, as informações davam conta de que Freixo seria morto por três homens, neste final de semana, em um compromisso político, na zona oeste do Rio. Além da Polícia Civil, também foi acionado Setor de Inteligência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Em sua conta no Twitter, o parlamentar comentou a ameaça, cobrando investigações sobre a atuação das milícias no estado, foco de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) presidida por ele, há dez anos.

Freixo destacou que a CPI  foi um marco no combate ao crime, com mais de 200 indiciados e os principais chefes presos. Mesmo assim, nenhuma das 48 medidas apresentadas pela CPI para enfrentar a máfia dos milicianos foi implementada . Ele afirma que esses grupos continuam matando, ameaçando, tiranizando principalmente quem vive nas áreas mais pobres.

Freixo, que desde 2008 anda com escolta policial, 24 horas por dia, afirmou ainda que a ameaça feita a ele é também uma intimidação à democracia. E que a zona oeste do Rio está hoje sendo governada pelo crime.

A vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março deste ano, começou sua trajetória política como auxiliar de Freixo, justamente na CPI das Milícias.


Em nota divulgada na noite dessa quinta-feira (13), a bancada federal do PSOL repudiou o que chamou de "hediondo plano de execução", exigiu redobrada proteção a Freixo e também cobrou providências para a elucidação do caso Marielle, que completa 9 meses nesta sexta-feira (14). 


Os parlamentares citaram a "ineficiência" da Polícia Civil do Rio de Janeiro em dar respostas ao crime, o que, segundo a nota, faz com que criminosos se sintam à vontade para elaborar um plano macabro de execução de Freixo.

*Com informações da Agência Brasil. 

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