Apoio financeiro da CBF a times femininos durante quarentena tem impasse em Sergipe
Apoio financeiro da CBF aO Grêmio Santos Dumont, time de Sergipe que disputa a segunda divisão, série A2, do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, só teve tempo de estrear na competição: no último dia 14 de março, a equipe foi a Belém (PA) e perdeu do Esmac.
A pandemia do novo coronavírus paralisou o torneio por tempo indeterminado. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um repasse de R$ 19,12 milhões para que clubes e federações pudessem "cumprir seus compromissos com os jogadores e jogadoras" no período.
Desse total, R$ 1,8 milhão foram destinados aos times da série A2, sendo R$ 50 mil por equipe. O elenco do Santos Dumont vinha sendo mantido financeiramente por um empresário local, mas, não sabe ainda quanto, quando e se vai receber o aporte da CBF, em meio a um impasse com o presidente do clube - que, segundo a capitã da equipe, Lígia Montalvão, é quem tem acesso ao montante repassado pela confederação.
O caso chegou à entidade, a quem o dirigente da agremiação sergipana teria afirmado que faria o repasse às atletas. Não há, porém, consenso sobre o valor que elas receberão.
O caso envolvendo o time sergipano não é único. Atletas de outras equipes da Série A2, que em sua maioria não têm vínculos profissionais, também procuraram a CBF. Recentemente, a Federação Internacional de Jogadores de Futebol (FIFPro, sigla em inglês) fez um alerta do impacto da pandemia na sustentabilidade do futebol feminino se algumas recomendações não fossem seguidas, como assegurar que investimentos pré-crise sejam garantidos e não sejam retirados e exigir que ninguém seja excluído de qualquer tipo de apoio financeiro.
O presidente do Santos Dumont foi procurado pela reportagem desde quarta-feira (22). Embora tenha visualizado as mensagens no Whatsapp, ele ainda não retornou. times femininos durante quarentena tem impasse em Sergipe
