Presidente do Comitê Paralímpico avalia que jogos só podem ocorrer com vacina para Covid-19
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, entende que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, em 2021, não terão como ocorrer se uma vacina para o novo coronavírus não for aprovada até o fim deste ano.
"Tenho observado com bastante preocupação e temos uma posição bem concreta. Se não houver uma vacina aprovada até dezembro deste ano, não haverá Jogos em 2021, nem Olimpíada nem Paralímpiada".
O adiamento dos jogos, que já era defendido pelo dirigente, foi anunciado em março. A Olimpíada foi remarcada para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto, e a Paralimpíada foi agendada no período entre 24 de agosto a 5 de setembro, ambas no ano que vem. Autoridades como os presidentes do Comitês Olímpico Internacional, Thomas Bach, e do Comitê Organizador dos eventos, Yoshiro Mori, admitiram que as disputas podem ser canceladas se a Covid-19 não estiver controlada.
Antes de os Jogos serem alterados, comitês olímpicos e paralímpicos pelo mundo chegaram a anunciar que não participaram dos eventos em razão do novo coronavírus, como no Canadá. Perguntado se o CPB adotaria posição semelhante se a Paralimpíada for mantida para 2021, mesmo sem a vacina, Mizael Conrado respondeu que não cogita essa possibilidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, quase 6,3 milhões pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus no mundo, com mais de 375 mil mortes. Ainda não há uma vacina considerada eficaz contra a doença.
O governo federal anunciou a participação do Brasil numa iniciativa internacional para produção de vacina, medicamentos e diagnósticos, que reúne mais de 44 países, empresas e entidades internacionais - entre elas, a própria OMS.