Amazônia tem carnavais que vão além de blocos, escolas de samba e trios elétricos
Tradições Regionais
Publicado em 27/02/2017 - 12:17 Por Maisa Penetra - Brasília
No país inteiro o ritmo do carnaval já tomou o povo, mas nem só de desfiles de escolas de samba, trios elétricos e baladas é feita a festa. O carnaval é uma cultura diversa e colorida, o calendário é cheio de eventos com sons, danças e folclores únicos.
Na região da Amazônia, a cultura regional é influenciada por povos indígenas e negros. A folia de Momo reflete a diversidade de cada estado que forma a Amazônia Legal.
Os tradicionais blocos maranhenses com as máscaras e cores do Fofão, os bailes acrianos que reúnem várias gerações, os desfiles de fantasias, as brincadeiras de Entrudo são exemplos.
Em Mato Grosso, um dos blocos mais conhecidos e diferentes é o dos Caretas de Guiratinga. O bloco surgiu em 1948.
Na época, o carnaval era feito para a elite em clubes. Com a vontade de um grupo de fazer parte das folias e ironizar os mais ricos, surgiu a ideia de sair com máscaras nas ruas, tradição que permanece até hoje.
Um dos organizadores do bloco, Eduardo da Silva Carvalho, conta como são feitas as máscaras.
Como qualquer boa festa, a maior parte da alegria vem da música mas se engana quem pensa que só de samba, axé e frevo vive um carnaval. No Pará, a tradição é o carimbó.
O ritmo surgiu no litoral do estado como brincadeira de roda de um grupo indígena e tanto a música quanto a dança tem o nome por conta do tambor curumbó.
O carimbó anima várias gerações como explica o fundador do grupo Sancari, Lucas Bragança.
Outra comemoração típica de carnaval é a brincadeira do Boi-à-serra, encontrada especialmente no município de Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso.
O bumbá sai durante a noite pelas ruas da cidade arrebatando pessoas para a folia, embalada ao som de bumbos, surdos, caixas e ripiques.
O presidente do grupo folclórico Boi Pantaneiro, Leandro Oliver, se sente orgulhoso em chamar a cultura do Boi de sua.
Para quem curte a festa de Momo, opções não faltam, é só escolher o ritmo e a fantasia e brincar o carnaval até tudo se acabar na quarta-feira, como cantava o poetinha.