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Cultura

Enredos das escolas do grupo especial do Rio serão de crítica e reflexão

Grupo Especial
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Fabiana Sampaio
03/03/2019 - 12:51
Rio de Janeiro

O segundo dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (4), promete crítica social, reflexões, literatura, história e biografias importantes.

 

A São Clemente será a primeira escola a passar pela Marquês de Sapucaí, nesta segunda-feira de Carnaval. Vinte e nove anos depois, a agremiaçãp leva para a Sapucaí a reedição de um dos enredos mais marcantes de sua história. "E o samba sambou", de 1990, é considerado marco eternizado no coração de cada componente da escola.

 

O enredo com temática crítica, sem perder o bom humor, exalta o samba e o carnaval autênticos.

 

A segunda escola a desfilar, a azul e branco do bairro de Noel, Unidos de Vila Isabel, vem cantando a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.

 

O samba-enredo “Em nome do Pai, do Filho e dos Santos, a Vila canta a cidade de Pedro” vai a contar a história da Cidade Imperial, na Marquês de Sapucaí.

 

A terceira agremiação a entrar na Avenida, a Portela vai em busca do seu 23º título com o enredo "Na Madureira Moderníssima, Hei Sempre de Ouvir Cantar uma Sabiá”, uma homenagem à eterna cantora Clara Nunes.

 

A escola promete sair do lugar-comum das narrativas sobre sua vida.

 

A União da Ilha do Governador é a quarta escola a desfilar. A agremiação da zona norte vai firme em busca do seu primeiro título, celebrando o encontro entre dois expoentes da literatura brasileira no enredo “A Peleja Poética entre Rachel e Alencar no Avarandado do Céu”. É uma homenagem ao Ceará retratado nos escritos de dois grandes nomes da literatura do país, Rachel de Queiroz e José de Alencar.

 

A grande zebra do Carnaval 2018, A Paraíso do Tuiuti, que alcançou o vice-campeonato, é a quinta escola a entrar na Avenida. A escola do Bairro de São Cristóvão volta a apostar na crítica para o desfile deste ano.

 

Com o enredo "O Salvador da Pátria”, vai contar a história do Bode Ioiô, eleito vereador em Fortaleza, em 1922.

 

A sexta escola a desfilar, a Verde e Rosa do Morro da Mangueira é outra que investiu em um enredo crítico. Com "História pra Ninar Gente Grande", a Estação Primeira de Mangueira pretende contar, na Marquês de Sapucaí, o protagonismo de heróis populares pouco reverenciados na história oficial do Brasil.

 

Entre os homenageados estão Zumbi dos Palmares e Dandara, que lutaram contra a escravidão; Luiza Mahin, líder do levante dos Malês de pessoas escravizadas, na Bahia. Nomes simbólicos da atualidade também serão lembrados como o da vereadora Marielle Franco.

 

E junto com os primeiros raios de sol da terça-feira (6) de Carnaval, entra na Marquês de Sapucaí a Mocidade de Padre Miguel, que encerra os desfiles do Grupo Especial.

 

Com o enredo “Eu sou o Tempo. Tempo é vida", a escola convida a embarcar em uma reflexão sobre a passagem do tempo, sua relação com o homem, as criações para medir o tempo e inovações tecnológicas.

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