Começa nesta sexta a 8ª edição do Rock in Rio; entre as novidades, a cultura da favela
Um dos maiores festivais de música do mundo, o Rock in Rio começa nesta sexta-feira (27) com muitas novidades, entre elas, o Espaço Favela.
Neste palco, que simula uma comunidade carioca, haverá 40 apresentações de artistas vindos de áreas pobres da cidade. Além de música, dança, teatro, batalhas de poesia e outras manifestações culturais, o público também terá gastronomia. A programação terá rap, funk, rock, jazz e samba.
Com mais de 30 anos de história, o Nós do Morro é um grupo que desenvolve projetos de arte e cultura para crianças, jovens e adultos do Morro do Vidigal, na zona sul da cidade.
Incluído na programação do Rock in Rio, o fundador do Nós do Morro, Guti Fraga, considera a participação uma conquista e avalia que a arte é um instrumento de democratização.
Sonora: “São 33 anos quebrando estereótipos, nós viajamos o mundo. E, aqui no Brasil, vivemos intensamente esses momentos. Já criou-se uma universalidade, porque o sentimento é universal. A arte para mim não tem partido político, nem religião, nem classe social. É difícil agradar gregos e troianos. Hoje, em uma favela é normal ter uma artista plástica, é legal ter um violinista, um pianista, capoeira, samba, balé clássico. As coisas mudaram.”
O espaço favela também vai ceder áreas para empreendedores originários de favelas mostrarem seus trabalhos para as 700 mil pessoas que deverão passar pelo evento. A ação é resultado de uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que escolheu 18 empreendedores de comunidades para vender refeições nos bares do espaço. A iniciativa tem por objetivo apoiar os microempreendedores de alimentação oferecendo formalização, capacitação e consultorias em gestão de negócios.
Neste ano, o Rock in Rio completa 34 anos da sua primeira edição, em 1985. Além do Brasil, países como Portugal, Espanha e Estados Unidos também já sediaram edições do festival.




