Morreu na madrugada desta segunda-feira (4) o compositor e escritor Aldir Blanc, de 73 anos, por complicações causadas pela Covid-19. Ele ficou duas semanas internado na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro.
A família ainda não se pronunciou, mas como Blanc morreu com o novo coronavírus, a cerimônia de despedida deve ser rápida e reservada.
Blanc foi hospitalizado no dia 10 de abril, no Centro de Emergência Regional do Leblon, com quadro de infecção generalizada, de origem urinária, e pneumonia. Após quatro dias, ele foi transferido para a UTI do CER Leblon, onde fez exames para o novo coronavírus. Mas, no dia seguinte, a família conseguiu uma vaga na UTI do Hospital Pedro Ernesto.
Aldir Blanc Mendes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 setembro de 1946.
Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, e se especializou em psiquiatria. Em 1973, abandonou o curso para se dedicar exclusivamente à música.
Blanc participou de diversos festivais da canção e se tornou um dos mais importantes compositores de Música Popular Brasileira.
Autor de uma vasta obra musical e literária, uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é O Bêbado e a Equilibrista, lançada em 1979, e eternizada na voz de Elis Regina.
A obra de Blanc reúne, ainda, dezenas de canções conhecidas, feitas em parceria com outros ilustres artistas, como Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Paulo Emílio, Carlos Lyra, Guinga, Edu Lobo, Wagner Tiso, César Costa Filho, Cristóvão Bastos, Roberto Menescal, Ivan Lins, entre outros.
Em 1978, publicou as crônicas Rua dos Artistas e arredores; e em 1981, Porta de tinturaria.
As duas obras foram reunidas, posteriormente, em 2006, na edição Rua dos Artistas e transversais, que ainda trouxe outras 14 crônicas escritas por ele e publicadas no Jornal do Brasil.