Obras de Oscar Niemeyer são tombadas em definitivo pelo Iphan
Com o tombamento, edificações passam a ficar sob a vigilância do Iphan
Publicado em 23/04/2021 - 10:35 Por Kariane Costa - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Após 14 anos do início do processo, 27 obras do arquiteto Oscar Niemeyer no Distrito Federal, incluindo os edifícios do Distrito Federal, como o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, além dos palácios do Jaburu, Alvorada e da Justiça foram tombados em definitivo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 2007, o próprio Niemeyer encaminhou às autoridades uma lista de obras que deveriam ser tombadas na capital do país. Na prática , quando é tombado o bem passa a ser protegido pelas autoridades, que ficam responsáveis pela manutenção, impedindo que os prédios e monumentos sejam destruídos ou descaracterizados.
Com o tombamento, as obras escolhidas ficam sob a vigilância do Iphan. Qualquer intervenção nessas obras e no seu entorno devem ser autorizadas pelo órgão.
O historiador e coordenador técnico do Iphan, Thiago Perpétuo, explica que o processo de tombamento, como o do conjunto de prédios em Brasília, é complexo e pode levar anos para ser concluído. Mas Thiago lembra que isso não significa que os monumentos estavam desprotegidos.
Um dos maiores arquitetos do país, e nome de destaque na moderna arquitetura brasileira, Oscar Niemeyer morreu em 2012. Ele foi responsável por mais de 200 obras no Brasil e no exterior.
O conjunto de edificações agora protegido está em quatro cidades: Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Brasília. Em São Paulo, por exemplo, está o conjunto projetado para o Parque do Ibirapuera, que inclui os palácios das Artes, das Nações, dos Estados, da Indústria e o da Agricultura, além da Grande Marquise.
Já no Rio de Janeiro, está a Passarela do Samba e a Casa das Canoas, projetada originalmente para ser a residência de Niemeyer. Em Brasília está a maior parte dos bens tombados, que inclui os blocos ministeriais, Teatro Nacional, Memorial JK e Memorial dos Povos Índígenas.
Edição: Roberto Piza / Nathália Mendes