Há 10 anos, Jardins de Burle Marx foram tombados pelo governo do DF
Publicado em 27/09/2021 - 08:40 Por Dilson Santa Fé - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Quando se fala no projeto de Brasília, ao lado de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, também figura o nome do artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx. Entre o desenho urbano do Plano Piloto realizado por Lúcio Costa e os monumentos delineados por Niemeyer, ficou a cargo do paulistano Burle Marx dar vida aos espaços abertos da cidade. Nove dos jardins planejados por ele, na capital do Brasil, foram tombados pelo governo do Distrito Federal em 27 de setembro de 2011.
Burle Marx conheceu Lúcio Costa quando morava no Rio de Janeiro. Na época da construção de Brasília, o paisagista aceitou o desafio de planejar as áreas livres e abertas do Plano Piloto, começando pelo Eixo Monumental. Também fez o projeto de Parque Zoobotânico, que estava previsto para ocupar o local onde hoje está o Estádio Nacional de Brasília.
Entre as áreas tombadas, estão: Superquadra Sul 308, Praça dos Cristais, Palácio da Justiça, Tribunal de Contas da União, Teatro Nacional e Parque da Cidade. O paisagista também é responsável pelos jardins da residência oficial do vice-presidente, o Palácio do Jaburu. Todos da década de setenta.
O grande legado de Burle Marx foi incluir no seu trabalho plantas da biodiversidade brasileira, valorizando a flora nativa. Em 1971, recebeu a Comenda de Ordem do Rio Branco, em Brasília.
Alguns jardins foram degastados com o tempo. Em 2007, a Praça dos Cristais passou por uma restauração e foi reinaugurada dois anos depois em homenagem ao centenário de Burle Marx.
Edição: Beatriz Evaristo/Edgard Matsuki