Três anos após o incêndio que destruiu a maior parte do acervo de mais de 20 milhões de itens históricos e científicos do Museu Nacional, a direção da instituição e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, responsável pelo espaço, ainda lutam para conseguir a verba necessária à restauração do palácio histórico em São Cristóvão, bairro da zona norte carioca. Nesta quinta-feira, foi lançada uma campanha nacional e internacional, junto com uma declaração de compromisso, para a recomposição do precioso acervo.
Durante o lançamento, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, ressaltou que o Museu Nacional vive e renasce ainda mais forte, depois dos estragos provocados pelo fogo em 2 de setembro de 2018.
Com previsão orçamentária de R$ 358 milhões e 64% desse valor já captado, a reconstrução avança, mas sob risco de faltarem recursos. Os trabalhos de recuperação dos itens e restauro do prédio estão sendo feitos com o apoio do governo federal, e de instituições como o BNDES, Instituto VALE e Unesco. E, segundo a reitora Denise de Carvalho, mesmo em meio às incertezas financeiras, o Museu já tem data para reabrir as portas ao público: dia 7 de setembro de 2022.
Criado em 6 de junho de 1818, o Museu Nacional foi o primeiro criado no Brasil. Localizado no antigo Palácio Imperial de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, foi pensado para difundir o conhecimento e o estudo das ciências naturais no País. E até ser atingindo pelo fogo, figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas.