Há 70 anos, começava a primeira edição da Bienal de São Paulo

Setecentos e vinte e nove artistas de 25 países participaram da primeira Bienal de São Paulo, realizada de 20 a 23 de outubro de 1951. A exposição recebeu 1.854 obras em um pavilhão provisório, localizado na Esplanada do Trianon, na região da Avenida Paulista, onde hoje fica o Museu de Arte de São Paulo.

A Bienal foi idealizada e financiada pelo casal Francisco Matarazzo Sobrinho e Yolanda Penteado, com a intenção de promover um evento tão importante quanto a Bienal de Viena, na Áustria, e a Exposição de Arte Contemporânea de Paris, na França. No ano anterior, Yolanda Penteado e a escultora Maria Martins viajaram a vários países, com apoio do governo brasileiro, para convidar artistas internacionais a participarem da Bienal no Brasil.

O primeiro evento de arte moderna realizado na América do Sul reuniu nomes de destaque da arte brasileira como Cândido Portinari e Di Cavalcanti. A Bienal teve ainda obras do espanhol Pablo Picasso e do belga René Magritte pela primeira vez no país.

Um dos premiados da edição foi o potiguar Abraham Palatnik. O artista plástico apresentou o primeiro aparelho cinecromático, integrando luz e movimento. Em um primeiro momento, o trabalho foi recusado porque não se encaixava nas categorias previstas no regulamento da exposição.

A Bienal teve uma grande repercussão no circuito artístico mundial. Para a edição seguinte, foi preciso uma estrutura maior montada no Parque do Ibirapuera, que deu origem ao Pavilhão Ciccilo Matarazzo.

História Hoje

Redação: Beatriz Evaristo

Sonoplastia: Messias Melo

Apresentação: Dilson Santa Fé