“Dia em que Brasília, ontem apenas uma esperança e hoje entre todas a mais nova das filhas do Brasil, começa a erguer-se, integrada no espírito cristão, causa, princípio e fundamento da nossa unidade nacional; dia em que Brasília se torna autenticamente brasileira.” O trecho é do discurso do então presidente da República Juscelino Kubitschek em 3 de maio de 1957, durante a primeira missa realizada na nova capital.
Naquele dia, antes da celebração, o presidente foi até o novo aeroporto da cidade para receber autoridades convidadas para o evento, como o arcebispo de São Paulo, o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, que presidiria a missa. O celebrante trouxe uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, que peregrinou por todas as capitais do país antes de desembarcar em Brasília como madrinha da cidade.
Ainda não havia uma igreja, e por isso foi escolhido o ponto mais alto do Planalto Central, a 1.172 metros de altitude. Logo ali no Eixo Monumental, onde hoje é a Praça do Cruzeiro, atrás do Memorial JK. No local, foi erguida uma cruz de madeira e, junto a ela, foram montados um altar e alguns bancos para os convidados.
De acordo com uma publicação especial da Novacap daquela época, 15 mil pessoas participaram da celebração e mais de 20 aviões, comerciais, particulares e militares aterrissaram em Brasília com numerosos convidados do Rio de Janeiro, São Paulo e outros lugares do país. E partiram logo após a celebração.
A cruz de madeira usada na cerimônia de batismo da cidade encontra-se em exposição na Catedral de Brasília. E a Praça do Cruzeiro virou um ponto de referência para quem gosta de admirar o pôr do sol da capital do país.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo





