Cem anos do rádio no Brasil: Radamés Gnattali

Filho de pianistas, o maestro gaúcho Radamés Gnattali estudou no conservatório de Porto Alegre e na Escola Nacional de Música.

Terminou o curso de piano em 1924 e, desde então, passou a se dedicar à composição e à orquestração.

Tocou em cinemas e estreou como compositor na década de 1930,  com a apresentação de Rapsódia Brasileira, interpretada pela pianista Dora Bevilacqua.

Radamés Gnattali ajudou a moldar a música popular contemporânea e a “vestiu de luxo”, mesclando referências do universo clássico e da música norte-americana.

Radamés trabalhou durante 30 anos como pianista, arranjador e maestro na Rádio Nacional, desde a sua inauguração.

Criou a Orquestra Brasileira, uma mini sinfônica que tocava seus arranjos no programa Um Milhão de Melodias,  dando um colorido nacional aos sucessos estrangeiros.

Radamés compôs também  obras importantes para orquestra, com solos de instrumentos pouco usuais.  

Radamés Gnattali criou inúmeras trilhas sonoras para o cinema nacional, entre elas a do filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, e trabalhou durante 11 anos como arranjador, compositor  e regente na TV Globo.

Amigo e parceiro de Tom Jobim, na década de 70, influenciou jovens instrumentistas como Raphael Rabello, Joel Nascimento e Maurício Carrilho e também a formação de grupos de choro, como o Camerata Carioca.

Radamés Gnattali foi um músico total, um trabalhador da música. Deixou larga obra sinfônica e camerística e foi um dos mais importantes arranjadores brasileiros, com mais de cinco décadas de atuação na música popular.

Cem anos em 100 programas

100 anos rádio no Brasil - Arte EBC

Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.

A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.