Ficar amarrado. Ser colocado de cabeça pra baixo. Ou ainda ter o menino Jesus retirado de seus braços. Santo Antônio passa sufoco quando o assunto é atender aos pedidos das solteiras que querem aliança no dedo, véu e grinalda. De acordo com as crenças populares, aplicar esses pequenos castigos a uma imagem do Santo ajuda a arrumar um pretendente rapidinho. E o dia 13 de junho é a data certa pra isso.
O português Fernando Martins de Bulhões e Taveira de Azevedo tornou-se Santo no século XIII. Mas nenhum dos milagres que levaram à canonização de Santo Antônio estão relacionados a casamento. Ele ganhou fama de casamenteiro com algumas histórias contadas de geração em geração.
Ainda em vida, teria ajudado uma moça a conseguir o valor que precisava para pagar o dote e se casar. Além disso, conta-se que outra moça, cansada de pedir intercessão do santo, jogou a imagem pela janela. Um homem que passava pela rua pegou o santo e devolveu para ela. Os dois, então, acabaram se apaixonando e se casaram.
Uma tradição comum em várias cidades do Brasil é o bolo de Santo Antônio distribuído no dia 13 de junho. Acredita-se que quem encontrar uma aliança ou medalhinha no pedaço que receber vai se casar rapidinho.
Mas há quem diga que marido bom mesmo quem dá é São José. Companheiro de Maria, mãe de Jesus, seria esse sim um bom exemplo de marido. Já Santo Antônio arrumaria qualquer um só para se livrar do castigo.
Além do altar, há uma tradição para atrair fartura.
Na data da comemoração, é distribuído o pão de Santo Antônio. Ele deve ficar guardado de um ano para o outro para que nunca falte o pão na mesa.
* com sonoplastia de Messias Melo.