Amargo ou ao leite. Cremoso ou em barra. Na cobertura ou no recheio. O chocolate movimenta mais de 14 bilhões de dólares em vendas, por ano, no mundo. Esse produto nutritivo e lucrativo é uma herança dos povos indígenas da América Central. Pesquisadores acreditam que a iguaria já era consumida há mais de 1.100 anos antes de Cristo.
No século XVI, quando os espanhóis chegaram à região onde está localizado o México, foram recebidos pelos Astecas com uma bebida nobre apimentada, feita de massa de cacau. O povo de Tenochtitlan acreditava que a semente usada para fazer o “tchocolath” era um presente do deus Quetzalcoatl. Para eles, beber aquela mistura dava energia, além de ser afrodisíaca. A bebida caiu no gosto dos estrangeiros e, no século XVII, tornou-se popular na Europa, adoçada com mel ou açúcar.
No século XIX, em 1828, o chocolate deixou de ser apenas uma bebida, quando o holandês Conrad Van Houten criou uma prensa para extrair a manteiga do cacau e transformar o restante em pó. A invenção possibilitou a produção do chocolate em pedaços.
Em 1875, o suíço Daniel Peter desenvolveu a primeira barra de chocolate ao leite, usando o leite condensado produzido pela empresa do farmacêutico alemão Henri Nestlé.
A primeira fábrica de chocolate do Brasil foi fundada em 1891, no Rio Grande do Sul pelos imigrantes alemães Fritz Gerhardt, Franz e Max Neugebauer.
No século XX, em 1913, surgiu mais uma variedade do doce: o branco. Há quem não o considere chocolate porque não contém massa de cacau. O produto é feito a partir da manteiga de cacau, misturada com açúcar e leite em pó. As inovações não param por aí. Em 2007, o belga Dominique Persoone inventou o chocolate inalável, um tipo de pó que pode ser inspirado pelo nariz. Os pesquisadores não garantem que o procedimento seja seguro.
Mas comer chocolate de forma moderada pode trazer benefícios ao organismo. O cacau contém flavonoides, que tem efeitos cardioprotetores. Estudos apontam que o produto leva a uma melhora do controle da pressão arterial. Outras substâncias presentes no chocolate também estimulam a produção de endorfina, que deixa a pessoa mais relaxada.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
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