O carnaval de Salvador só acaba na Quarta-Feira de Cinzas, com o tradicional arrastão de blocos. Criado pelo músico Carlinhos Brown, o arrastão acontece em Salvador desde 1995.
Este ano a concentração dos trios aconteceu logo pela manhã. O desfile saiu da Barra e seguiu até Ondina, com os trios de Bell Marques, Léo Santana e Danniel Vieira. Durante a tarde, Carlinhos Brown encerrou a festa com o axé dos seus convidados deste ano: Ilê Ayê, Olodum e os Zárabes.
São quase trinta anos que baianos e turistas se reúnem para celebrar o fechamento da folia depois dos seis dias oficiais da festa na capital baiana. Sem blocos com cordas, o arrastão é dedicado a trabalhadores que estiveram de serviço durante os dias de festa.
A prefeitura de Salvador calcula que este ano 11 milhões de pessoas brincaram carnaval durante os seis dias de folia na cidade.
Nascida no bairro de Engenho Velho de Brotas, a engenheira Andressa Santana pula carnaval baiano há 40 anos. Este ano, ela brincou quatro dos seis dias. Ela conta um pouco pra gente como foi a emoção de seguir o ritmo intenso da folia soteropolitana.
Para a arquiteta Isla Nunes, que saiu de Aracaju pra curtir o primeiro carnaval em Salvador, valeu a pena esperar 27 anos para este momento. Isla viu de tudo um pouco: Baiana System, Olodum, Silvano Salles, Xandy, Ludmilla, Léo Santana, Orquestra Rumpilezz
A sergipana também estava lá quando os primeiros tambores do Ilê Ayê tocaram para anunciar a abertura do cortejo no sábado de carnaval, na sede do Barro Preto, no Curuzu. Este ano, o bloco mais negro da cidade celebra 50 anos de história do perfil azeviche
Quem brinca carnaval em salvador já sabe: só não vai atrás do trio elétrico ou no arrastão dos blocos de rua da Quarta-Feira de Cinzas, quem não tem pique ou fôlego pra acompanhar o axé frenético do povo baiano.