O 3º Relatório sobre o Perfil dos Réus Atendidos nas Audiências de Custódia, divulgado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, aponta que um branco preso em flagrante tem cerca de 30% de chance a mais de ser libertado em audiência de custódia do que um negro.
Além de terem mais dificuldade de conseguir liberdade, os negros também são maioria entre os presos em flagrante. O relatório evidencia a manutenção de um perfil entre os réus: a maior parte dos presos é formada por jovens negros, com baixa escolaridade, trabalham em atividades informais e cometem crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos.
Para o coordenador de Defesa Criminal da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, Emanoel Queiroz, a prisão é reflexo dos problemas históricos e sociais enfrentados pela sociedade, principalmente por negros e pobres.
O estudo, realizado entre os dias 18 de janeiro e 15 de abril, analisou 1.464 casos de presos em flagrante que tiveram acesso à Justiça em um prazo de 24 horas. De acordo com o relatório, desse total, apenas 29% dos presos conseguiram liberdade.
O relatório está disponível no site: defensoria.rj.def.br