Conferência em Belém discute violência contra juventude negra, quilombolas e indígenas
Esta semana, lideranças de povos tradicionais de matriz africana, quilombolas e indígenas estão em Belém para a Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial. O tema do encontro é: “O Pará na década dos afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, o estado possui mais de 400 comunidades remanescentes de quilombos, que reúnem cerca de 12 mil famílias. A região metropolitana de Belém abriga 2 mil terreiros das religiões de matriz africana. Em todo o estado, vivem mais de 61 mil indígenas de diversas etnias.
A conferência vai discutir o genocídio da juventude negra e a violência sofrida pelos povos tradicionais. A situação dos quilombolas também será debatida. Das 170 comunidades tituladas no país, 62 estão no Pará. Apesar do título, muitas comunidades ainda não tem o acesso a direitos sociais garantidos.
Os debates e propostas aprovadas na Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Pará serão levados para a etapa nacional, que ocorrerá no final de maio, em Brasília. Os encaminhamentos devem pautar a revisão e a construção de políticas públicas para o setor.