CNDH vai a Anapu na próxima semana acompanhar denúncias de conflitos agrários
O Conselho Nacional de Direitos Humanos discutiu nesta quinta-feira (12) as violações relacionados a questões agrárias.
Como parte dos encaminhamentos da reunião, o conselho destacou uma comissão para ir, já na semana que vem, dias 17 e 18, a Anapu no Pará, acompanhar o acirramento dos conflitos agrários na cidade e, mais especificamente, a prisão do Padre Amaro.
O religioso que trabalhava junto com a missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005, na mesma região, foi preso no último dia 27 de março e está sendo acusado de diversos crimes, entre eles, incentivo à ocupação de terras e assassinatos, extorsão, assédio sexual, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.
O vice-presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Darci Frigo, justifica a ida do Conselho a Anapu.
Outro caso discutido pelo Conselho foi a Chacina de Pau D'Arco, também no Pará.
Na ocasião, dez trabalhadores ruais foram executados e os principais suspeitos são policiais. O conselho atua no caso desde o início das investigações, segundo Darci Frigo.
Ainda na reunião foram discutidos o envenenamento de animais e a contaminação de mais de 50 pessoas por pulverização aérea de agrotóxico em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no município paraense de Marabá. A denúncia será feita a órgãos competentes para tentar identificar os responsáveis pelo atentado.
Apesar de estar na pauta, a questão da contaminação das comunidades ribeirinhas pelo vazamento de resíduos tóxicos da mineradora norueguesa Hydro Alunorte, em Barcarena, não foi discutida pelo pleno do colegiado. Segundo os conselheiros, o tema necessita de mais informações.





