ABL vai doar livros para criação de bibliotecas em comunidades quilombolas do Rio
Rio de Janeiro
Publicado em 13/07/2019 - 10:09 Por Fabiana Sampaio - Rio de Janeiro
A Academia Brasileira de Letras vai doar livros e outros materiais de conhecimento para criação de bibliotecas em comunidades quilombolas do Rio.
Nesta semana, o presidente da ABL, Marco Lucchesi, assinou um convênio com o ITERJ, Instituto de Terras e Cartografia do Estado, responsável pela titulação das terras quilombolas, para a formação de bibliotecas nessas comunidades e em escolas que atendem a população.
De acordo com levantamento da Fundação Cultural Palmares, o Brasil tem mais de duas mil comunidades quilombolas reconhecidas, das quais 29 estão no Rio de Janeiro.
Marco Lucchesi contou que a ideia de levar bibliotecas para as populações quilombolas surgiu após visita em junho passado a quatro quilombos, que ficam entre os municípios de Araruama e Cabo Frio, na Região dos Lagos.
Ele afirmou que a iniciativa é uma resposta da instituição a uma dívida praticamente impagável de muitos séculos com as demandas desses povos.
A ABL é que vai fazer a seleção e doação dos livros e materiais e o Iterj vai identificar as carências existentes. Ainda segundo o presidente da ABL, todo o conhecimento e tradição dos quilombos serão respeitados na seleção dos livros.
O acordo com o Iterj terá duração de um ano, prorrogável por igual período.
A ABL também pretende dar continuidade à aproximação com os povos indígenas, iniciada este ano com a doação de uma estante com livros, CDs e DVDs para a biblioteca da Aldeia Guarani da Mata Verde Bonita, em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro.
A Academia ainda oferece livros às escolas prisionais e também a escolas em áreas vulneráveis da periferia.