Defensoria Pública do Tocantins aponta violações de direitos na cadeia de Cristalândia
Tocantins
Publicado em 17/09/2019 - 09:23 Por Juliana Cézar Nunes - Brasília
Superlotação, falta de agentes penitenciários e revistas vexatórias. Essas foram algumas das irregularidades apontadas pela Defensoria Pública do Tocantins na Cadeia de Cristalândia, localizada a 150 quilômetros de Palmas.
A Defensoria Pública enviou este mês recomendação para que os principais problemas sejam resolvidos em 30 dias pela Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça.
A cadeia, que tem capacidade para 16 presos, estaria com 66 detentos.
O relatório aponta ainda ausência de espaços diferenciados para presos provisórios e sentenciados.
O documento também indica a falta banheiro no espaço do banho de sol, baixa iluminação e ventilação nas celas. Não foram identificadas medidas de ressocialização ou práticas educativas em andamento.
O defensor público Fabrício Silva Brito afirma que as violações de direito também atingem os familiares dos internos.
Em nota, a Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça afirma que está em processo de avaliação das recomendações da Defensoria Pública, mas nega a realização de revista vexatória.
O órgão alega que desde o ano passado realiza melhorias na estrutura física da Cadeia de Cristalândia e que o atendimento de saúde teria sido regularizado.
É que para a Defensoria Pública, os detentos reclamaram de coceiras na pele e demora das consultas.
A Secretaria Municipal de Saúde também deverá responder aos defensores sobre os problemas constatados. Entramos em contato com a assessoria da pasta, mas não recebemos retorno até o fechamento dessa reportagem.