O Grupo Arco-Íris, um dos principais grupos do movimento LGBTIQIA+, é um exemplo de resistência em defesa da diversidade e dos direitos humanos. Foi criado em maio de 1993 a partir do sonho de um grupo de amigos em resposta a epidemia de AIDS e a discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. O ex-presidente e um dos fundadores do grupo, Augusto Andrade, cita os fatos que motivaram a criação do coletivo, que começou de forma itinerante. E também fala de alguns dos desafios enfrentados nos primeiros anos do Grupo Arco Íris.
Entre as vitórias, o Grupo Arco-Íris foi o pioneiro na organização da primeira Parada do Orgulho LGBTQIA+ no Brasil, em 1995. O ativista mais antigo do Grupo, com quase 30 anos de atuação, Cláudio Nascimento, destaca outras conquistas nesse período, entre elas, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O Arco-Íris também ajudou a formular o primeiro projeto de políticas públicas voltado para o combate à homofobia, em 2003. Durante seis meses, o grupo liderou a iniciativa “Brasil sem Homofobia”, que trouxe avanços importantes para a causa.
Com 30 anos de existência, o grupo recebeu em agosto um certificado do Instituto Brasileiro de Museus como ponto de memória social. O reconhecimento é dado a entidades ou coletivos que desenvolvam projetos de promoção do patrimônio material e imaterial da comunidade em que estão inseridos. Desde 2010, o grupo trabalha na preservação da memória social LGBTQIA+ brasileira. Além disso, atua nas áreas de cultura, educação, social e saúde. Para Augusto Andrade, o maior objetivo da comunidade é se fazer presente em todos os espaços.
Para festejar três décadas de fundação do Grupo Arco-Íris, foi inaugurada na estação do metrô Carioca, na região central do Rio de Janeiro, a exposição Amor e Luta. A ideia é homenagear artistas que contribuíram para divulgar as bandeiras de luta política por meio da cultura e da arte.