Trocando em Miúdo: Prefeituras cancelam carnaval por causa da crise econômica

Publicado em 02/02/2016 - 02:00 Por Apresentação Eduardo Mamcasz - Brasília

Olá, prezada pessoa ouvinte e cidadã.

 

Está sem carnaval aí na sua cidade? Não se avexe. Você não está sozinho. Está acontecendo em mais de 50 municípios, em nove estados. Neste ano, por causa da crise econômica, muita gente está sem carnaval. E sabe que, em alguns casos, é até por uma causa justa? Vamos nessa.


Vamos a alguns exemplos práticos onde o poder público, no caso, a prefeitura, cancelou qualquer dinheiro para este carnaval. Macau e Mossoró, no Rio Grande do Norte, decidiram desviar, no bom sentido, o dinheiro que seria para o carnaval, que pode esperar, por obras contra a seca, que, neste ano, está atacando feio. 

 

O mesmo aconteceu em Patos, no Sertão da Paraíba. Para manter os serviços essenciais do município funcionando, simplesmente cancelou o carnaval.


E vamos em frente. Ceará. Lá, o Tribunal de Contas do Estado recomendou às prefeituras do interior que não gastem recursos próprios em festejos carnavalescos porque eles, neste ano de aperto econômico, podem ser considerados supérfluos. 

 

Segundo o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará, além da gravidade da seca, tem ainda a retração da economia, que levou à queda da arrecadação. Com isso, está bem menor a transferência do Fundo de Participação dos Municípios. Por isso, o carnaval pode esperar.


E aí, é melhor o prefeito gastar dinheiro com carnaval ou aplicar direto em salas de aula, que nem decidiu o município de Autazes, no Amazonas?

 

No Amapá, é porque não tem dinheiro mesmo. Mesma coisa em 12 cidades no Sul de Minas Gerais. Já no interior de São Paulo, vários prefeitos explicam que, neste ano, não tem carnaval por três motivos: falta de dinheiro nos cofres, combate ao mosquito da dengue e gastos para recuperar os estragos feitos pelas cheias, no caso de São Paulo.


Então, ficamos assim. Quem tem carnaval, aproveite. Quem decidiu pagar os servidores e fornecedores, que nem Tocantinópolis, que economizou R$ 250 mil sem o carnaval, no final fez uma boa escolha, pensando lá na frente, porque a crise na economia vai até o fim do ano.

 

Por fim, um conselho só, agora no pessoal. Mesmo que seja carnaval, tem que ter muito cuidado com o dinheiro. Não se endividar de jeito nenhum. Palavra da coordenadora institucional da Proteste-Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci. Ela lembra que os consumidores devem guardar documentos e gerar protocolos, em caso de problemas com pacotes de viagens ou abadás, para posteriormente exigir seus direitos. 


Então, tá.
Inté e Axé.

 

Trocando em Miúdo: Programete sobre temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É publicado de segunda a sexta-feira.

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