Trocando em Miúdo: Saiba por que o Brasil não usa Fundo Soberano para reduzir déficit fiscal
Publicado em 21/06/2016 - 02:00 Por Apresentação Eduardo Mamcasz - Brasília
Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.
Fundo Soberano do Brasil. A pergunta de um ouvinte é a seguinte: se nós temos, ou seja, o Brasil, guardados lá no estrangeiro, mais de 300 bilhões de dólares, o que dá mais de um trilhão de reais, então por que o governo não usa parte disto aqui dentro para resolver a nossa crise financeira e econômica?
E eu adianto. Ainda mais agora, nesta hora em que o governo pediu, e conseguiu, autorização do Congresso Nacional para subir o teto do déficit fiscal.
Traduzindo: neste ano, o governo federal pode gastar até 170 bilhões de reais acima do que vai arrecadar. É o chamado déficit fiscal. Então, volta a pergunta do ouvinte. Por que não usar o Fundo Soberano do Brasil?
Antes de buscar a resposta de quem entende do assunto, deixa eu adiantar mais um pouco.
O Fundo Soberano do Brasil, que existe lá no estrangeiro, e não aqui dentro, foi criado em 2008. De acordo com a lei, ele pode comprar ações, títulos e outros ativos no estrangeiro. Pode ser em qualquer moeda, euro, dólar ou até mesmo da China. Tem que ter a preocupação de render alguma coisa ou, pelo menos, manter a maior parte na chamada moeda forte, que nunca vai valer menos do que o real, pelo contrário.
Pela lei que criou o fundo, em 2008, está escrito assim: "Os resgates do Fundo Soberano do Brasil atenderão exclusivamente ao objetivo de mitigar os efeitos dos ciclos econômicos". Mas com o seguinte importante detalhe. Lá fora. E o mais importante ainda. Mas não está autorizado a financiar despesas correntes do governo federal.
Então, vamos confirmar com o especialista em Gestão Financeira, o professor Marcos Sarmento Melo. Com tanto dinheiro guardado no Fundo Soberano do Brasil, lá no estrangeiro, a gente não pode usar aqui dentro, nesta hora de crise? É isso mesmo?
Acompanhe a conversa com o professor Marcos Sarmento Melo e saiba mais.
Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.