Trocando em Miúdo: Tabela do IR deve ser reajustada elevando número de contribuintes que devem pagar
Olá, prezada pessoa ouvinte cidadã.
O governo deve anunciar em fevereiro a nova tabela de desconto de Imposto de Renda, geralmente usada para retirar com antecedência, na fonte, mês a mês, o que deveria ser pago na declaração que, aliás, mais um pouco e já está começando, no começo de março.
A conversa de hoje (25) é sobre essa tal tabela de desconto do Imposto de Renda na fonte que parece ser uma boa coisa para o cidadão, mas, na verdade, conforme o índice, pode significar mais gente pagando.
O vice-presidente de Ética e Disciplina do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Luiz Fernando Nóbrega, então, explica como funciona de fato essa tabela.
Com a informação de que a inflação acumulada, nos últimos 20 anos, foi de 283%. Mas a correção da tabela do IR nesse tempo, pra deixar isento, foi 83%. Então, 283% de inflação acumulada, desconto de 110%, dá 80 e tantos de diferença pra menos. Ou seja, cada vez mais gente pagando imposto de renda. Não é isso mesmo, Luiz Fernando Nóbrega?
Pra quem tem salário, por exemplo, de R$ 2 mil. Se aumentar 5% a tabela – que deve ser o reajuste que o governo vai aplicar na tabela, ou seja, pela inflação-, vai para R$ 2.100 isento. Mas se o aumento do salário for pela inflação, ele vai para R$ 2.150. Então, já começa a ter 7,5% descontado no seu salário, o conhecido imposto retido na fonte. Se a tabela tivesse sido corrigida pela inflação, muita gente não estaria tendo descontado o imposto, no salário, ou seja, na fonte.
Ainda há mais situações que você deve saber quando tiver mais de uma fonte, ou emprego, porque daí, para efeito de cálculo, tem que somar as várias fontes, mesmo que, isoladamente, esteja isento. Conforme o caso, cai no desconto de 15%, ou pagamento antecipado, conforme explica o vice-presidente do CFC, Luiz Fernando Nóbrega.
Para saber mais, ouça o programa.
Então, tá. Inté e axé.
*Trocando em Miúdo: Quadro do programa Em Conta, da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.