A nova meta fiscal será anunciada nesta quarta-feira. A confirmação é do Ministério da Fazenda. Nessa terça-feira, os ministros Henrique Meirelles e Dyogo Oliveira do Planejamento foram à casa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para se reunirem com líderes partidários da base aliada.
Ao sair do encontro, Meirelles explicou que o valor não está fechado. As equipes política e econômica do governo negociam para chegar a um número, que deve ser próximo de um deficit de R$ 159 bilhões.
O valor atual é de R$ 139 bilhões de prejuízo. A lei autoriza o governo a fechar o ano com um rombo nas contas públicas nesse valor. E desde a semana passada, o mercado financeiro espera o anúncio da revisão da meta. Questionado sobre um possível deficit maior que R$ 159 bilhões, Meirelles respondeu:
O ministro afirmou que será preciso rever a meta fiscal por causa da baixa arrecadação. Mas descartou um aumento de impostos para reverter esse quadro.
Na reunião, os ministros pediram apoio dos parlamentares para a aprovação da reforma da Previdência. Disseram que sem a mudança, a situação fiscal do país não será resolvida. Rodrigo Maia afirmou que vem negociando com a base aliada, mas admitiu que o governo não tem número suficiente até agora para aprovar o texto.
Para a reforma da Previdência passar no plenário da Câmara, são necessários 308 deputados favoráveis.
No encontro, os ministros também trataram de uma nova proposta sobre o Refis, que é o programa de refinanciamento de dívidas tributárias. Outro assunto tratado foi a reoneração da folha de pagamento das empresas.
Eles também comentaram a medida provisória que cria a Taxa de Juros Longo Prazo para contratos do BNDES. A medida vai substituir a TJLP e causa polêmica: investidores dizem que a nova taxa causa incertezas e desestimula investimentos. Mas o governo alega que a ação acaba com o subsídio implícito que elevou a dívida pública.
* Matéria atualizada às 15h33 para acréscimo de infromações e inserção de sonoras.




