IBGE: população ocupada diminui 1,1% nos últimos três anos no Brasil

IBGE

Publicado em 05/12/2018 - 12:29 Por Raquel Júnia - Brasília

Entre 2004 e 2015, o Brasil se aproximou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), com o aumento do peso das remunerações dos trabalhadores no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

 

O país avançou 10 posições passando da 38ª para a 28ª posição, entre os 45 países da base de dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

 

Entretanto, em 2016, a participação das remunerações parou de crescer.

 

A análise foi apresentada nesta quarta-feira (5) pelo IBGE e faz parte da Síntese de Indicadores Sociais 2018.

 

De acordo com os dados, até 2015, houve redução da desigualdade de renda do trabalho, situação revertida em 2016 e 2017.

 

A melhoria de posição no ranking da OCDE coincide com o aumento do emprego formal registrado no Brasil até 2014.

 

A população ocupada recuou 1,1% em 2015, 2016 e 2017. Entre os subgrupos de atividades econômicas, houve queda de pessoas ocupadas na agropecuária, indústria, construção e administração pública.

 

Os dados mostram que as remunerações mais elevadas na categoria empregador, tiveram rendimento médio de R$ 5.211 em 2017, já as mais baixas, na categoria de empregados sem carteira de trabalho assinada, recebiam com R$ 1.158, menos da metade do rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada.

 

O pesquisador do IBGE Leonardo Athias destaca como a piora das condições do mercado de trabalho reforça a condição geral de desigualdade no país.

 

Apenas no setor de serviços houve aumento da população ocupada em todos os seis anos investigados, com exceção do serviço público.

 

A síntese traz também dados que alertam, mais uma vez, sobre o racismo no mercado de trabalho. A presença de pretos e pardos é mais acentuda na agropecuária, construção civil e nos serviços domésticos, cuja porcentagem de negros ultrapassa os 60%, exatamente nas atividades que possuem baixos rendimentos médios. Já as atividades de educação, saúde e serviços sociais são as que contavam, em 2017, com a maior participação de pessoas ocupadas brancas.

 

Os brancos ganhavam em média 72,5% a mais do que pretos ou pardos em 2017 e os homens 29,7% a mais do que as mulheres. Entre as pessoas com nível de formação maior, a desigualdade também permanece, os ocupados com ensino superior completo brancos tinham rendimento-hora de R$ 31,90 e os negros, na mesma condição, de R$ 22,30. 

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