Mulheres ganham, em média, R$ 500 a menos que homens nas mesmas ocupações

IBGE

Publicado em 08/03/2019 - 16:33 Por Raquel Júnia - Brasília

Mais de R$500 separam os salários de homens e mulheres no Brasil.

 

Enquanto o rendimento médio masculino ficou em R$2.579 em 2018, o das mulheres registrou R$ 2.050.

 

A diferença é ligeiramente menor nos grupos etários mais jovens e ainda maior em algumas ocupações.

 

Em 2018, o valor médio da hora trabalhada era de R$ 13 para a mulheres, o que corresponde a 91,5% da hora trabalhada para os homens, que ficou em R$14,2.

 

Os dados fazem parte do estudo Diferença do Rendimento do Trabalho de Mulheres e Homens nos Grupos Ocupacionais – Pnad continua 2018, divulgado nesta sexta-feira (8), dia Internacional da Mulher, pelo IBGE.

 

As ocupações com maior nível de instrução também mostram rendimentos desiguais entre homens e mulheres.

 

Nas gerências e direções, as mulheres representam cerca de 40% do contingente e ganham cerca de 71% do salário dos homens, uma diferença média de mais de R$1,7 mil.

 

Já no grupamento dos profissionais das ciências e intelectuais, no qual as mulheres tinham participação majoritária em 2018, a razão dos rendimentos entre os gêneros foi de 64,8%, uma diferença ainda maior.

 

Entre os professores do ensino fundamental, as mulheres recebiam 90,5% do rendimento dos homens.

 

Já entre os professores de universidades e do ensino superior, o rendimento das professoras equivalia a 82,6% do recebido pelos professores.

 

Outras ocupações de nível de instrução mais elevado, como médicos especialistas e advogados, mostraram uma diferença maior entre os rendimentos de mulheres e homens, com as profissionais recebendo cerca de 70% dos homens.

 

A coordenadora geral da Casa da Mulher Trabalhadora, a Camtra, Eleuteria Amora, destaca que o mercado de trabalho reflete a desigualdade entre os gêneros na esfera privada.

 

Em relação a características de cor e raça, o estudo revela que as diferenças persistem em todas as raças, no entanto, entre as pessoas pretas e pardas a distorção salarial é ligeiramente menor.

 

O IBGE explica a diferença apontando que negros e pardos estão em ocupações de rendimentos mais baixos, baseadas em piso mínimo, que apresentam as menores diferenças salariais entre os gêneros.

 

O grupamento ocupacional com a menor desigualdade foi o dos Membros das forças armadas, policiais, bombeiros e militares, no qual o rendimento das mulheres equivale, em média, a 100 % do rendimento dos homens, já que as faixas salariais são fixas de acordo com a evolução na carreira.

 

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