Depois de duas altas consecutivas, o Indicador Antecedente de Emprego, medido pela Fundação Getulio Vargas, teve um crescimento de apenas 0,2 ponto de julho para agosto deste ano. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, a FGV considerou o resultado estatisticamente estável.
O indicador busca antecipar tendências do mercado de trabalho para os próximos meses e é medido com base em entrevistas com consumidores e com empresários dos serviços e da indústria.
Para o economista da Fundação Getulio Vargas, Rodolpho Tobler, esse resultado sugere que o caminho da recuperação do mercado de trabalho continuará em ritmo gradual.
“O indicador antecedente de emprego está muito elevado. O que foi percebido é que, depois de um período de correção das expectativas que deram no final do ano passado, nos últimos três meses ele vem avançando de maneira gradual. O resultado desse mês não chega a ser uma inversão de tendência, apenas uma acomodação, e que deve seguir assim”.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego, que mede a avaliação dos consumidores sobre a situação atual do desemprego, também divulgado pela FGV nesta segunda-feira, cresceu 0,9 ponto, para 93,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Neste caso, o crescimento do indicador é negativo, porque significa que os consumidores consideram a situação de desemprego mais desfavorável.
Para Tobler, o consumidor ainda enxerga com cautela as melhoras no mercado de trabalho, o que mostra que a recuperação da taxa de desemprego deve continuar lenta.