Novo programa habitacional quer baixar juros e atender cidades com até 50 mil moradores
O governo federal trabalha na reformulação do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
O novo modelo será apresentado ao presidente Jair Bolsonaro neste mês de dezembro para, então, ser definida a data de lançamento.
Em entrevista exclusiva para os veículos da EBC, a Empresa Brasil de Comunicação, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou que, com a reformulação do programa, o governo espera priorizar os municípios com até 50 mil habitantes.
Ao contrário do que é hoje, quando os beneficiários recebem a casa pronta de alguma construtora, no novo modelo será entregue um voucher ao interessado para que ele defina tanto o engenheiro que pode fazer a casa dele, como a própria arquitetura do imóvel, como explicou o ministro Canuto.
O ministro informou ainda que o valor do voucher vai depender dos preços praticados pelo mercado imobiliário no local que será construída a nova residência, mas o governo trabalha com um valor médio de R$60 mil por beneficiário em três tipos de voucher: o de aquisição, para comprar o imóvel já pronto; e de construção, para começar a casa do zero; e o de reforma, para melhorar ou ampliar a casa já existente.
A ideia é que os vouchers sejam oferecidos para famílias com renda mensal de até R$1,2 mil. As famílias que recebem entre R$1,2 mil e R$5 mil mensais entram no programa de financiamento do novo Minha Casa Minha Vida. Segundo o ministro Gustavo Canuto, o governo está desenhando o programa para oferecer juros abaixo dos que são praticados atualmente.
O novo Minha Casa Minha Vida, que ainda não teve o nome divulgado, tem a expectativa de construir 400 mil unidades no próximo ano. Segundo o ministério do Desenvolvimento Regional, em 2019, foram entregues 245 mil residências pelo modelo atual, sendo que 233 mil seguem em construção.