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Endividamento das famílias fica estável em 2020 mas é maior que mesmo período de 2019
Economia
Publicado em 02/03/2020 - 18:24 Por Lígia Souto - Rio de Janeiro
O percentual de famílias com dívidas atingiu em fevereiro, 65,1%, uma redução em relação aos 65,3% do primeiro mês deste ano. Houve aumento, no entanto, em relação a fevereiro de 2019, quando o indicador chegou a 61,5% do total de famílias com dívidas.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta segunda-feira (02) pela CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O levantamento considera como dívidas as contas a pagar no cartão de crédito, cheque especial e pré-datado, crédito consignado e pessoal, financiamento de carro, casa e no carnê de loja.
Segundo a pesquisa, o percentual de famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas ou contas em atraso, aumentou em janeiro, frente a fevereiro, indo de 23,8% para 24,1%. O indicador teve alta também na comparação com o mesmo mês do ano passado, que somou 23,1%.
Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso apresentou ligeira alta na comparação mensal, passando de 9,6% em janeiro para 9,7% em fevereiro. Em igual período de 2019, o indicador havia alcançado 9,2%.
Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, a tendência observada no endividamento das famílias revela uma perspectiva de aquecimento do consumo, associado a condições mais favoráveis no mercado de crédito.
A economista ressalta também que a capacidade de pagamento foi influenciada pelos gastos extras de início do ano. As reduções mais significativas no número de famílias endividadas foram entre as que ganham até 10 salários mínimos.
Nesse grupo, o percentual de endividamento recuou para 66,0% em fevereiro de 2020, enquanto em janeiro era de 66,4%. Nas famílias com renda acima de 10 salários mínimos, o patamar teve alta de 60,9% em janeiro, para 61,1% no mês seguinte.
Novamente, o cartão de crédito foi apontado como o principal tipo de dívida, seguido por carnês e financiamento de veículos.
