Após 2 meses de forte retração, economia brasileira reage e tem alta de 0,7% em maio
Após dois meses seguidos com fortes retrações, a economia brasileira voltou a apresentar, em maio, variação positiva. A alta foi de 0,7%. É o que aponta o Monitor do PIB, divulgado nesta quarta-feira (15) pela Fundação Getulio Vargas.
Na comparação com maio do ano passado, a economia retraiu 13,3% e 9,4%, no trimestre terminado em maio.
O indicador mostra que os principais componentes do PIB, o Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, tiveram fortes recuos por causa do isolamento social, concentrados em março e abril, já que, em maio, as três grandes atividades econômicas - agropecuária, indústria e serviços - cresceram, assim como o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo, que são os investimentos.
O coordenador do Monitor do PIB, Cláudio Considera, avalia, no entanto, que ainda é cedo para afirmar que o resultado de maio indica uma retomada da economia, já que a perda acumulada em março e abril deste ano foi de 13,9%. Ele ressalta que a situação da economia é ainda muito frágil e, mesmo com o crescimento observado em maio, ela está 13,2% abaixo do que apresentava em fevereiro.
O economista lembrou que o pior momento da crise econômica provocado pela pandemia de Covid-19 ocorreu em abril, quando a atividade econômica recuou 9,3%, em comparação a março.
Agora, segundo ele, as atividades de outros serviços e construção, que foram muito impactadas pela atual crise, começam a dar sinais de melhora. As taxas estão menos negativas do que em abril.
As exportações e importações de bens e serviços continuaram negativas no mês de maio, na comparação com abril.