Análise da FGV revela início da recuperação da economia em junho
Apesar de a trajetória no segundo trimestre deste ano ser de queda
Publicado em 18/08/2020 - 13:15 Por Cristiane Ribeiro - Rio de Janeiro
A economia brasileira continuou em trajetória de queda no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. A queda foi de 8,7%, a maior já registrada no país desde 1980, como aponta o Monitor do PIB de junho, divulgado nesta terça-feira(18) pela Fundação Getúlio Vargas. No entanto, na análise mensal, o indicador aponta crescimento de 4,2% em junho, na comparação com maio.
Os dados do Monitor do PIB - que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país - mostram que a deterioração da atividade econômica no segundo trimestre de 2020 foi influenciada por fortes quedas na indústria e nos serviços; e por praticamente todos os componentes da demanda, à exceção da exportação.
De acordo com a Fundação, apesar de a economia brasileira ter sido diretamente atingida pela pandemia da COVID-19 a partir de março, a maior retração observada contra o período imediatamente anterior foi em abril. Nos meses de maio e junho a economia voltou a crescer, embora as taxas interanuais ainda mostrem retrações muito fortes.
O indicador aponta que o consumo das famílias caiu 11,6% no 2º trimestre, em comparação com o mesmo trimestre no ano anterior. O consumo de serviços também apresentou retração em diversos segmentos, embora as reduções no consumo de alojamento e alimentação e de saúde privada tenham sido as maiores contribuições para a queda deste tipo de consumo.
O coordenador do Monitor do PIB, Cláudio Considera, avalia que a recuperação da economia brasileira ainda vai demorar, apesar da melhora dos resultados de maio e junho comparados com o ano passado.
Edição: Sâmia Mendes