Arrecadação federal cresce 9% em outubro

A arrecadação dos tributos federais subiu 9% em valores reais em outubro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado. Porém, a recuperação em outubro ainda não foi capaz de compensar a queda na arrecadação dos meses anteriores e no acumulado de janeiro a outubro a União arrecadou 9% a menos que em 2019, isso em valores reais já descontada a inflação.

Com isso, os impostos chegaram, neste ano, até outubro, a mais de R$ 1,8 trilhão. É o menor valor acumulado entre janeiro e outubro desde 2010.

A Receita enfatizou que a variação positiva em outubro foi impactada, principalmente, pelo crescimento de 17% nos impostos cobrados das empresas no mês passado, como destacou o auditor fiscal da Receita Claudemir Malaquias.

No acumulado de janeiro a outubro, o imposto que registrou a maior queda foi o IOF, com redução de 45%. O IOF foi reduzido, por decreto, a uma alíquota zero como forma de compensar os efeitos da crise. Em seguida, o tributo com a maior queda na arrecadação foi a CIDE dos combustíveis - redução de 45%. Já a receita previdenciária caiu quase 10% de janeiro a outubro de 2020.

A Receita Federal justifica que essas quedas são resultados da crise econômica, da redução do IOF, do aumento das compensações tributárias devidas aos contribuintes e ao parcelamento ou adiamento do pagamento de tributos, como forma de reduzir os impactos da crise do novo coronavírus.