Falta de chips força férias coletivas na Volkswagen em São Paulo
Publicado em 27/09/2021 - 20:11 Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo
Os funcionários da montadora da Volkswagen em Taubaté e São Bernardo do Campo, em São Paulo, entraram em férias coletivas. São cerca de 2 mil pessoas pessoas que vão ficar paradas por 10 dias por falta de componentes usados na fabricação dos carros.
A principal crise é no abastecimento de semicondutores, a matéria-prima usada na fabricação de chips.
Só na fábrica de Taubaté é a sexta vez que os funcionários entram em férias coletivas esse ano. No começo do mês, já tinham sido decretados 11 dias de c, uma espécie de desligamento total da fábrica, e depois mais cinco dias de dayoff, folgas remuneradas.
Nesses dois casos, o Sindmetal, sindicato que representa os metalúrgicos de Taubaté, diz que as remunerações foram mantidas porque houve desconto de folgas em função de horas extras acumuladas dos trabalhadores, no sistema de banco de horas.
Em nota, a Volkswagen diz que a empresa está se adaptando à escassez dos chips para tentar minimizar os efeito na produção em suas fábricas, mas não acredita em uma solução rápida para problema.
A crise de desabastecimento dos semicondutores começou ainda no ano passado em função da pandemia de coronavírus. E ainda não dá sinais de que vá se regularizar.
No último dia 11, uma das principais fornecedoras de semicondutores do mundo, a Unisem, na Malásia, fechou as fábricas em função de um surto de covid-19 entre os funcionários. O novo lockdown implantado lá aumentou ainda mais o gargalo no fornecimentos de chips. Um problema que vem afetando todo o mundo.
Edição: Roberto Piza / GT Passos