Conselho do PPI define como será modelo de privatização da Eletrobras
Publicado em 20/10/2021 - 10:05 Por Victor Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
O Conselho do PPI, Programa de Parceria de Investimentos, definiu nessa terça-feira como será o modelo de privatização da Eletrobras, por meio do Programa Nacional de Desestatização. As ações da empresa serão pulverizadas na Bolsa de Valores, mas o governo ainda será capaz de atuar na tomada de decisões, mantendo as ações com poder de veto. Nenhum acionista poderá ter mais de 10% do capital votante da Eletrobras. O governo só vai manter o controle sobre Itaipu Binacional e Eletronuclear, conforme determina a Constituição Federal.
O modelo escolhido para a Eletrobras foi o de capitalização. O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, informou que a expectativa é oferecer mais de R$ 23 bilhões em ações da Eletrobras.
Os empregados e aposentados da Eletrobras terão prioridade na aquisição de 10% das ações da empresa. E os trabalhadores que contribuem com o FGTS poderão usar até metade do saldo do Fundo de Garantia para comprar ações da Eletrobras, que serão ofertadas a partir de R$ 200, nesta modalidade. Ao todo, R$ 6 bilhões do FGTS devem ser usados nessa operação.
De acordo com o governo, esse modelo de privatização foi escolhido para ampliar a capacidade de investimento da empresa, aumentar as unidades geradoras de energia limpa, revitalizar as bacias hidrográficas e criar, em média, 27 mil vagas de emprego ao longo dos próximos anos.
O Conselho do PPI também aprovou a concessão para a iniciativa privada de 727 quilômetros da rodovia que liga os municípios de Governador Valadares, em Minas Gerais, ao Rio de Janeiro. A estrada inclui trechos das BRs 116, 465 e 493. O investimento previsto ao longo dos 30 anos de concessão é de R$ 8,6 bilhões.
Tanto a oferta de ações da Eletrobras quanto o leilão da rodovia Rio-Governador Valadares estão previstos para o primeiro trimestre do ano que vem.
Edição: Roberto Piza/Edgard Matsuki