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Economia

Justiça do RJ derruba aumento de 50% no preço do gás

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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
29/12/2021 - 10:50
Rio de Janeiro

A Justiça do Rio concedeu liminar, nessa terça-feira (28), suspendendo o aumento de 50% no preço do gás natural fornecido pela Petrobras à concessionária Naturgy, que distribui o combustível para todo o mercado. A decisão é do juiz de plantão Andre Felipe Tredinnick, que analisou a ação civil pública movida pela Alerj, a Assembleia Legislativa do Rio.

O reajuste entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2022.

Na decisão, o juiz determinou que a Petrobras mantenha as condições atuais de fornecimento e preço até que o Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, aprecie a representação feita pela Naturgy e que também sejam reguladas as condições de acesso ao mercado de gás, permitindo assim a instauração de plena concorrência no fornecimento do insumo.

A decisão também recebeu parecer favorável do Ministério Público estadual, ao analisar que o aumento proposto “representaria verdadeiro caos para o Estado do Rio de Janeiro, impactando toda a população fluminense”.

De acordo com o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, do PT, o aumento causaria forte impacto sobre a economia do estado, gerando efeito cascata sobre os custos da indústria, o orçamento do cidadão e o preço do GNV, muito utilizado pelos taxistas e motoristas de aplicativo. E, lembrou que neste ano, o preço do gás já subiu quase 60%.

O governador Cláudio Castro considerou o reajuste um absurdo e disse que vai barrar o aumento.

Em nota, a Petrobras esclareceu que atende seus contratos de venda de gás por meio de um portfólio de ofertas composto por produção nacional e importação do gás da Bolívia e de GNL, o Gás Natural Liquefeito.

Segundo a estatal, a alta demanda por GNL e limitações da oferta internacional resultaram em expressivo aumento do preço internacional do insumo, que chegou a subir cerca de 500% em 2021.

Outros estados também entraram com ações no plantão judiciário e três liminares foram concedidas. A Petrobras informou que vai recorrer de todas as decisões judiciais com vistas ao estabelecimento de preço de mercado para a venda do gás.

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