Confiança do consumidor cai 1,4 ponto em janeiro, aponta FGV
Publicado em 25/01/2022 - 11:01 Por Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
Os consumidores brasileiros começaram este ano de 2022 com o pé no freio em relação às expectativas na economia do país. O Índice de Confiança do Consumidor, divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas caiu 1,4 ponto em janeiro, ficando com 74,1 pontos, após ter se mantido relativamente estável no mês anterior, com taxa de 0,6%.
De acordo com a FGV, a queda do indicador em janeiro foi influenciada pela piora das expectativas para os próximos meses enquanto a avaliação sobre a situação atual se acomodou após dois meses consecutivo de queda.
O sub-índice que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar cedeu 0,9 ponto, para 84,6 pontos, mostrando que o ímpeto de compras para os próximos meses continuou caindo pelo quinto mês consecutivo e chegou em 60,3 pontos, menor valor desde maio de 2021.
Já as avaliações dos consumidores sobre a situação atual se mantiveram estáveis, puxadas pela melhora da satisfação sobre as finanças pessoais e das percepções sobre a situação econômica atual. No entanto, segundo a fundação, estes dois sub-índices se mantém em patamar muito baixo em termos históricos.
A coordenadora das Sondagens, da FGV, Viviane Seda Bittencourt, acredita que a piora das expectativas em relação à situação econômica geral e a estabilidade das finanças familiares sugerem que a situação corrente em janeiro pode ser temporária, havendo ainda muita incerteza quanto à evolução do endividamento das famílias de baixa renda.
Para ela, a mudança desse cenário continuará dependendo da recuperação do mercado de trabalho, do controle da inflação, e da redução da incerteza.
A análise por faixa de renda revela melhora da confiança para os consumidores de menor poder aquisitivo, com renda mensal de até R$ 4.800, e piora para as famílias com renda acima deste valor.
Com relação às famílias de mais baixa renda mensal, até R$ 2.100,00, o indicador mostra uma recuperação de 50% em janeiro, depois de cinco meses seguidos de queda.