O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getúlio Vargas, subiu 4,8 pontos em abril, alcançando 97,7, o maior nível desde janeiro de 2014. Em médias móveis trimestrais, o indicado também registrou alta, a primeira do ano, de 1,6 ponto.
Mas, segundo os especialistas da FGV, desde setembro do ano passado, a percepção dos empresários do setor oscila entre altos e baixos, o que sinaliza a dificuldade de visualizar a direção dos negócios nesse contexto de muitas incertezas.
De todo modo, o saldo consolidado é positivo, e a melhora da confiança está de acordo com a das projeções de crescimento da atividade em 2022.
Neste mês, a alta do indicador resultou da avaliação mais favorável, medida tanto pelo Índice de Situação Atual, que subiu 2,4 pontos, quanto pelo Índice de Expectativas, com alta de 7,1.
Entre os subitens que compõem o levantamento, chama a atenção a alta de 13,6 pontos no Indicador de emprego previsto, na comparação com o ano passado, o que aponta melhora nas perspectivas de contratação, condizente com a retomada das atividades.
A FGV também divulgou, nesta terça-feira, a inflação do setor, medida pelo Índice Nacional de Custo da Construção. A variação foi positiva em 0,87% em abril, taxa superior à apurada em março. Com isso, o índice acumula alta de 2,74% no ano e de 11,54% em 12 meses. As taxas, no entanto, são menores do que as verificadas em abril de 2021. Os preços dos Materiais, Equipamentos e Serviços aumentaram 1,24% este mês. Já o custo da Mão de Obra subiu 0,46%.